domingo, 17 de agosto de 2008

Propostas de mudanças da UNITA
conquistam os angolanos

A 19 dias das eleições legislativas em Angola, programadas para 5 de Setembro, o país respira um novo clima gerado pela corrida eleitoral, que aponta para uma mudança radical do regime político. Nas ruas, praças e bairros das 18 províncias que constituem a nação angolana é notória a participação popular, que manifesta-se a favor das propostas da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), principal partido da oposição.

O líder carismático e pacifista da legenda, Isaías Samakuva, lançou em Luanda, na sexta-feira 16, durante a Reunião dos representantes da União dos Partidos Africanos Para o Desenvolvimento da Democracia (UPADD), o Programa “Angola Sem Fome”, facto que contribui para fazer crescer a identificação da maioria do povo angolano com as metas para um futuro governo.

“A mudança que a UNITA propõe não é começar tudo de novo. É uma mudança que respeita todos aqueles que construíram o país e a sua obra. É uma mudança sem sobressaltos, sem revanchismo. Não é uma mudança para excluir ninguém, mas sim para incluir a todos. Mas é uma mudança que vai fazer o que o actual governo não soube: Acabar com a fome e o abismo que separa um país rico do seu povo pobre. Colocar a imensa riqueza de Angola ao serviço do bem-estar de todos angolanos”, enfatizou no encontro com a juventude angolana, o líder Samakuva.

A possibilidade de ver implantado no país o Programa “Angola Sem Fome” fez o povo angolano vibrar ainda mais em sintonia com a UNITA, e as cores vermelha e verde do partido do Galo Negro inundarem como uma onda o território angolano, que pela segunda vez, desde que conquistou a sua independência em 11 de Novembro de 1975, poderá manifestar-se livremente através das urnas. A nação africana de língua portuguesa irá escolher os seus representantes para as 220 cadeiras do parlamento nacional, actualmente ocupadas na sua maioria por membros do MPLA (Movimento Popular de Libertação Angola), no poder há 33 anos.

“ A mudança faz parte da natureza humana e da história de todas as nações. É mudando que os países se tornam mais desenvolvidos, que os povos melhoram sua condição de vida, conseguem mais saúde, mais educação, mais emprego, mais segurança. Ora, Angola também tem o direito de mudar. É para isso que temos eleições. Para que o governo não tenha só um dono, para que possamos ter a chance de novas soluções para os nossos problemas”, observa Adalberto Costa Júnior, Secretário da Comunicação e Marketing da UNITA.

Com aproximadamente 18 milhões de habitantes, Angola tem na base da sua economia o petróleo a jorrar o suficiente para produzir cerca de 2 milhões de barris por dia. Apesar do Produto Interno Bruto ter crescido mais 18% em 2007, as reservas fiscais médias anuais serem superiores a 20 bilhões de dólares e as acumuladas ultrapassarem os 15 bilhões de dólares, mais de 68 % da população vive à baixo da linha de pobreza, graças a não utilização correcta dos recursos do Tesouro Nacional.

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