sábado, 9 de agosto de 2008

Os angolanos merecem a mudança

Mais de 68% da população angolana vive em pobreza extrema. A taxa estimada de analfabetismo é de 58%, enquanto a média africana é de 38%.

Entre 1997 a 2001, Angola consagrou à educação uma média de 4,7% do seu orçamento, enquanto a média consagrada pela SADC foi de 16,7%.

É verdade que a economia está a crescer, mas está a crescer mal, quer na estrutura da produção interna, quer na distribuição da riqueza nacional: 76% da população vive em 27% do território.

Mais de 80% do Produto Interno Bruto é produzido por estrangeiros. Mais de 90% da riqueza nacional privada foi subtraída do erário público e está concentrada em menos de 0,5% de uma população de cerca de 18 milhões de angolanos.A injustiça social e a exclusão afectam quase todos os angolanos.

O MPLA fundamenta a sua estratégia para enclausurar a liberdade de escolha dos angolanos em cinco pontos:

- Dependência sócio-económica a favores, privilégios e bens, ou seja, o ‘cabritismo,” – este método é utilizado para amordaçar os dirigentes, quadros, deputados, governantes e militantes do Partido da situação e não só.

- A coação e ameaças são utilizadas para silenciar os jornalistas, sobretudo em Angola mas também noutros países.

- A violência física e a intolerância política são as formas preferidas para intimidar os militantes e simpatizantes da UNITA e não só.

- A coação e a instrumentalização são utilizadas contra as autoridades tradicionais e algumas entidades religiosas.

- A corrupção política e económica é, hoje como ontem, utilizada contra todos.

Os angolanos querem e merecem a mudança.

UNITA sensibiliza as massas para
o voto da mudança no Huambo

No Huambo o primeiro dia da campanha foi caracterizada por um acto de massas presidido por Alcides Sakala, candidato a deputado com o número 22 nas listas da UNITA. No seu discurso o dirigente atribuiu à UNITA o mérito de ter protagonizado profundas mudanças políticas no país. Recordou que a paz foi conquistada à custa de muito sacrifício dos melhores filhos de Angola.

Reiterou a prontidão da UNITA de fazer melhor por Angola e pelos angolanos, no âmbito da sua visão sobre o país e a sociedade que se desejada reconciliada, justa e igual para todos.

”Queremos contribuir para a construção da nossa sociedade para que os angolanos vivam livre do medo, da corrupção e da pobreza”, salientou o alto dirigente da UNITA.

No outro desenvolvimento, o coordenador da campanha eleitoral no Huambo, disse na ocasião que a província e a cidade do Huambo, testemunharam a dura realidade da guerra que deixou marcas profundas na consciência colectiva de seus habitantes, porém, tendo reiterado que a página está encerrada para sempre e pertence ao passado sobre o qual é necessário “tirar lições para construirmos juntos um futuro melhor para as novas gerações”.

O mandatário da campanha do Galo Negro nas terras do Huambo fez saber que o seu partido assumiu perante a história e em consciência o compromisso com a paz e a democracia foi sempre a opção da UNITA enquanto o regime politico inclusivo, plural, tolerante e multipartidário.

“Somos pela mudança que dignifique material e espiritualmente os antigos combatentes e todos os militares; somos pela mudança que dignifique a nossa mulher como mãe e como incontornável parceira para o progresso, somos pela mudança que respeite a nossa cultura, crença e religião, porque acreditamos na Juventude como força motora do desenvolvimento e na criança como certeza do nosso amanhã; vamos combater a pobreza e não os ricos, porque somos pela mudança que concebe o desenvolvimento económico em todas vertentes”, referiu a dado passo da sua intervenção.

Os seis anos de paz ainda não proporcionaram o bem-estar aos angolanos que na sua grande maioria enfrentam dificuldades no que respeita ao saneamento básico, água potável, electricidade, serviços básicos de saúde e educação, enquanto um grupo de angolanos usa e abusa dos dinheiros do Estado para o seu enriquecimento próprio, em detrimento de milhões de angolanos que nas aldeias, nas comunas, bairros, municípios e nas áreas periféricas das grandes cidades do pais continuam a viver com menos de um dólar por dia.

“Angola continua ser classificada pelas Organizações Internacionais credíveis, como um dos países mais corruptos e caros do mundo, mal governado e com baixo índice de desenvolvimento humano segundo o ultimo relatório das Nações Unidas sobre desenvolvimento humano e ainda sobre a qualidade do ensino que nos últimos anos piorou na região da SADEC”, disse o dirigente partidário.

Continuando, criticou a onda de violência politica que o partido no poder leva a cabo em todo o território nacional e qualificou o facto como uma prática que mina a coabitação entre filhos da mesma pátria e consequentemente a reconciliação nacional.

“Nós entendemos que hoje depois de 6 anos do fim da guerra nenhum angolano deve ser mais batido, ameaçado, humilhado e diabolizado como tem acontecido, em alguns municípios ,aldeias e comunas da província do Huambo e noutras regiões do pais só porque alguém pensa diferentemente do outro”, esclareceu.

“Nós queremos realizar em Angola uma mudança positiva, uma mudança pacífica que ocorra num clima de tranquilidade e serenidade que valorize o nosso interesse, o interesse colectivo dos angolanos, e que sirva o angolano lá onde estiver”, acrescentou.

Alcides Sakala referiu-se ao programa eleitoral da UNITA, sublinhando que o mesmo constitui o instrumento da mudança que a UNITA preconiza em Angola.

“O nosso programa é promover a activação digna do Estado que nós queremos mais dialogante e social, dotado de capacidades regionais e autoridade moral que garante a segurança dos cidadãos e dos seus bens”, afirmou.Finalmente o dirigente da UNITA apelou os angolanos a votarem na UNITA para que Angola possa, efectivamente mudar.

Vários atractivos coloriram o acto com destaque para a realização de uma grandiosa passeata que percorreu de lés a lés todas as artérias da capital do planalto central, tendo tornado tudo e todos de cores vermelha e verde a par de lindas melodias da banda musical que se fizeram.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Assim, sim! O Galo vai voar

por Orlando Castro*

O presidente UNITA, Isaías Samkuva, disse hoje em Luanda, num discurso que marcou o arranque oficial da campanha eleitoral em Angola, que "a corrupção está institucionalizada no país". É assim, mesmo, Presidente. Os angolanos merecem conhecer a verdade, doa a quem doer.

Isaías Samakuva defendeu que, "para inverter o quadro" de "corrupção institucionalizada" no país é necessária "uma mudança de regime", sublinhando que o seu partido é o que está melhor posicionado para essa tarefa.

Finalmente o Galo começa a voar. Finalmente os angolanos começam a saber que têm uma alternativa credível e capaz de, entre outras coisas, tornar os ricos menos ricos e os pobres menos pobres.

Numa cerimónia marcada pela presença de cerca de 400 pessoas, entre militantes e simpatizantes do partido, Samakuva considerou que, "os grandes problemas nacionais são a exclusão social, a pobreza, o desemprego, o sistema de educação e a corrupção".

Ou seja? Tudo. Tudo o que o MPLA não conseguiu fazer, mesmo estando no poder desde 1975.

O líder da UNITA lembrou que mais de 68 por cento da população angolana vive na "pobreza extrema" e que a taxa de analfabetismo está estimada em 58 por cento em contraste com a média africana que é de 38 por cento.

São números que envergonham Angola mas que não se devem esconder. São números que mostram como para o MPLA há filhos e enteados, como para o MPLA há angolanos de primeira e de segunda.

Samakuva assinalou que entre 1997 e 2001, Angola consagrou à educação uma média de 4,7 por cento do seu orçamento, quando a média dos países que integram a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) foi de 16,7 por cento. É assim mesmo. Não há que temer dizer as verdades."Para além de limitados, esses recursos enfermam também de iniquidade na sua distribuição, sendo que para o litoral Angola disponibilizou 15 dólares per capita, enquanto no interior, cifrou-se em cinco dólares, o que é uma política discriminatória que resulta da cultura de exclusão", frisou.

Exclusão, acrescente-se, direccionada para todos aqueles que ousaram pensar de forma diferente da verdade oficial, da verdade do MPLA.

Quanto ao sistema de saúde, referiu que Angola disponibiliza apenas três a quatro por cento do seu orçamento para o sector e que a malária continua a ser a principal causa de morte dos angolanos, seguindo-se a tuberculose, desnutrição, tripanossomíase (doença do sono) e hipertensão. Ou seja, os angolanos estiveram entregues à bicharada de quem tem os dólares e, neste caso, não de quem tinha a de os distribuir.

"Angola, ao invés de um Estado de direito, tornou-se num Estado patrimonialista, mal governado, com um baixo índice de desenvolvimento humano, onde os jornalistas ainda são presos", disse Samakuva numa intervenção que arrasa de uma ponta à outra as aldrabices do poder que comanda Angola desde 1975.

Ainda no domínio da economia, apontou que esta continua a crescer, mas "mal" quer na estrutura da produção interna, quer na distribuição da riqueza nacional. A título de exemplo, o sucessor de Jonas Savimbi na liderança da UNITA sublinhou que mais de 80 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) é produzido por estrangeiros e mais de 90 por cento da riqueza nacional privada "foi subtraída do erário público e está concentrada em menos de 0,5 por cento de uma população de cerca de 18 milhões de angolanos".

Ou seja, poucos têm milhões e milhões têm pouco ou nada.

"A política económica em curso não garante a integração digna da juventude na sociedade, nem lhe assegura o primeiro emprego e não promove o desenvolvimento descentralizado do território", considerou Samakuva numa radiografia que mostra como rei vai nu.

O presidente da UNITA denunciou ainda que o acesso à "boa" educação, aos condomínios privados, ao capital accionista dos bancos e das seguradoras, grandes negócios e licitações de blocos petrolíferos está limitado a um grupo "muito restrito" de famílias ligadas ao regime no poder.

O Galo Negro está mesmo com toda a garra para vencer esta batalha. Assim o seu grito chegue aos angolanos.

"O povo está melhor colocado para operar a mudança, porque é ele que sofre todos os dias, não tem casa, emprego e comida", disse Samakuva numa demolidora intervenção que abre novos horizontes a um povo que, com o MPLA, é gerado com fome, nasce com fome e morre pouco depois com fome.

* in Alto Hama

Angola vai mudar? Está nas nossas mãos

Angola vai a votos
no dia 5 de Setembro.
Esperemos que a democracia
vença e que,
desta vez,
o Povo fique a ganhar.
Não será fácil,
mas é possível.
Está nas mãos
dos angolanos
mostrar que são
diferentes,
para melhor.
Para muito melhor.




(de Orlando Castro, in Artoliterama)

Observatório critica imprensa estatal

“O Observatório Político e Social de Angola (OPSA) acusou os órgãos de comunicação social estatais angolanos de se posicionarem "de forma clara" ao lado do partido no poder, o MPLA, num relatório sobre as eleições legislativas de Setembro.

No documento, com o título "Posição sobre as eleições legislativas de 2008 em Angola", o OPSA exemplifica que num levantamento recente, "detectou que entre Abril a Junho de 2008, nos 91 números do Jornal de Angola, o MPLA surge 22 vezes nos títulos da capa e contracapa".

No mesmo período, o Jornal de Angola, estatal e único diário do país, apenas coloca na capa três notícias sobre a UNITA, maior partido da oposição, e a FNLA, o outro dos três partidos históricos de Angola, "apenas" surge uma vez, segundo o OPSA.

Apesar de nomear apenas dois órgãos estatais, o Jornal de Angola e a Televisão Pública de Angola, as críticas do OPSA são direccionadas também para a agência de notícias Angop e a Rádio Nacional de Angola.

Além dos órgãos estatais, existem ainda em Angola 10 jornais semanários privados e cerca de uma dezena de rádios locais, quatro das quais em Luanda.” (in: Angola24Horas.com)

Nada que os verdadeiros angolanos já não tivessem detectado e criticado.
São razões como estas que nos levam a EXIGIR que Angola tem de Mudar e só pode fazê-lo com a UNITA!