Via e-mail recebi a mensagem que a seguir se reproduz.
Já a tinha recebido há uns dias. Mas perguntas que tenho recebido via e-mail complementadas por um comentário colocado num dos últimos apontamentos levaram-me a vir aqui.
Depois da capital proposta pelo arquitecto angolano Troufa Real, em 2003/2004, a Nova Luanda ou Angólia, ao sul da actual capital, volta ao “barulho” a capital solicitada(?!) a Óscar Niemeyer.
A esperança é que não seja mais que um fait diver em tempo de pré-campanha eleitoral até porque de acordo com uma entrevista do ministro do Urbanismo e Ambiente, Diekumpuna Sita Nsadisi José ( Sita José), em Janeiro de 2008, esta situação ainda não estará nos planos do Governo (ou será por isso que o ministro Rabelais não quer conversas na imprensa sobre as obras governamentais?!).
Por outro lado, também não concordo com algumas comparações aqui deixadas, mas respeito o conteúdo do e-mail...
"Dos novos-ricos não reza a história. Só pelos maus motivos.
O poder do dinheiro leva-os a manifestar a sua pequenez através de decisões folclóricas.
Com níveis de pobreza assustadores, Angola quer construir uma nova capital, a norte de Luanda.
O arquitecto Óscar Niemeyer já foi contactado por Eduardo dos Santos para tal efeito.
Ao que parece, Brasília é o máximo para a nomenclatura angolana.
E como o dinheiro não falta, paga-se o que for preciso. Niemeyer vai se fazer pagar bem. É o único arquitecto centenário de renome mundial.Com a nova capital pretende-se um 'começar de novo'.
Para quem?A resposta oficial é fácil de adivinhar: para os angolanos.
Mas as barracas e os pobres não entram. Os membros da burguesia burocrática, corrupta e completamente improdutiva, serão os novos habitantes da nova metrópole. Juntamente com os estrangeiros, que sempre dão um ar cosmopolita. E as sedes de empresas multinacionais. De petróleo e diamantes.De repente veio-me à memória Houphouët-Boigny. Construiu uma réplica da Basílica de S. Pedro em Yamoussoukro, a capital da Costa do Marfim, um país maioritariamente muçulmano.
E Jean-Bédel Bokassa, o imperador canibal do “Império” Centro-Africano. Mandava fazer tronos em ouro maciço para se sentar.
O que há de comum em todos eles?
A pobreza extrema em que vive o seu povo. Os sonhos megalómanos dos dirigentes são concretizados à custa de milhões de pessoas que lutam diariamente pela sobrevivência.
A riqueza de um país não pertence aos seus governantes nem à burguesia nacional. É um bem público, que deve ser administrado para o bem de todos.
Num país onde nem sequer há um presidente eleito nem uma democracia consequente, é fácil adivinhar o rumo que tudo isto vai tomar.
Os palácios na Europa, os aviões privados e os milhões de dólares em bancos estrangeiros já são uma realidade há muito tempo.Agora só falta a cidade e o trono, para o show off.A História anda aos círculos e as vítimas são sempre as mesmas.
Haja decoro."
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